Exmo.:
Presidente da Mesa de Assembleia Geral da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Mira
Presidente da Câmara Municipal de Mira
Comando
Povo em geral

Assumimos um compromisso para com esta associação, conscientes de que seria uma tarefa árdua que iria exigir muito de nós, da nossa vida pessoal, familiar e social.
Com todos os avisos de elementos de direção por lá passados e alguns amigos mais chegados conhecedores da causa, de que era uma casa “complicada” de gerir quer a nível financeiro, mas sobretudo a nível de relações interpessoais, avançamos sem medos.
Dedicamo-nos de alma e coração!
A cada emergência maior marcamos presença, ajudamos, agradecemos o esforço feito, demos palavras de apoio, atendemos a pedidos que muitas vezes nem tínhamos condições para atender.
Ao longo do nosso percurso esforçamo-nos para contribuir da melhor forma para os objetivos que nos propusemos alcançar, contudo fomos confrontados com algumas situações difíceis de ultrapassar, próprias da gestão de uma casa sem apoios de retaguarda, sem regras, onde os funcionários é que as ditam e não tem qualquer abertura para a mudança ou sequer para o pedido de quem as tentou impor. Quisemos mudar na esperança de que seriam uma mais valia para o seu bom funcionamento, para o seu crescimento, sendo que este crescimento iria beneficiar não só o povo que têm o dever de auxiliar, mas também a melhoria de condições laborais para cada um daqueles homens e mulheres.
Reconhecemos que é uma casa com muitas particularidades, muitas vezes atípicas, onde os funcionários não são funcionários, mas sim superiores e a direção não consegue ser direção.
Conhecemos elementos que não sabem respeitar o colega do lado, quanto mais alguém que o queira gerir.
Qualquer elemento fora daquela corporação não tem nem nunca terá condições para assumir a sua gestão, exemplo disso é o passado bem presente em muitos elementos das direções anteriores que não relatam boas experiências, sendo que na sua maioria abandonaram mesmo antes dos anos a cumprir definidos aquando da sua tomada de posse, sinal que por si só já diz e muito das dificuldades aqui já referidas.
Não fomos perfeitos, também cometemos os nossos erros, é verdade.
Assim, após uma análise muito ponderada, concluímos que as condições atuais não nos permitem dar continuidade ao nosso compromisso de gestão. Criou-se uma situação que nada tem abonado em favor de todos os intervenientes, seja Direção, seja Corpo Ativo, comprometendo a capacidade de realizar as funções com a excelência que se considera necessária e com a qual nos comprometemos inicialmente, decidiu esta Direção da AHBVM demitir-se desta Associação com efeitos imediatos.
Acreditamos ser esta a melhor decisão, facultando aos Sócios procurarem soluções mais adequadas.
Colocamo-nos à disposição para ajudar na transição, visando minimizar quaisquer impactos causados.

A Presidente da Direção
Alda Leça